Deputado Deiró Marra preside audiência sobre as falhas técnicas dos viadutos da Avenida Pedro I
O parlamentar
patrocinense Deiró Marra presidiu nessa terça (26) uma relevante audiência que
debateu as falhas técnicas sobre os viadutos da Avenida Pedro I. Estiveram
presentes: Glaucus Leonardo Veiga Simas (advogado da Consol Engenharia),
Maurício de Lana (diretor-presidente da Consol Engenharia), Gustavo Valadares
(deputado estadual PSDB/MG), Gilberto Abramo (deputado estadual PRB/MG),
Anselmo José Domingos (deputado estadual PTC/MG), Frederico Corrêa Lima Coelho
(engenheiro do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de
Minas Gerais - Ibape - MG), José Paulo Toller Mota (diretor da Construtora
Cowan), Guilherme Augusto Machado (advogado da Cowan).
Na oportunidade, os representantes da Consol Engenharia e da Construtora
Cowan trocaram acusações quanto a responsabilidade pela queda do Viaduto
Batalha dos Guararapes, em julho de 2014, na Capital, que matou duas pessoas e
feriu várias na Avenida Pedro I. Maurício de Lana, diretor-presidente da
Consol, responsável pelo projeto técnico do viaduto, apontou problemas na
execução da obra, enquanto José Paulo Toller Mota, diretor da Cowan, que
executou o serviço, afirmou que houve erros de cálculo no projeto.
De acordo com
Maurício de Lana, a mudança no projeto que permitiu a abertura de 42 janelas no
corpo do viaduto fragilizou sua estrutura e provocou a queda. Ele relata que a
Cowan enviou correspondência à Consol para que avaliasse tecnicamente a possibilidade
de abertura de duas janelas na laje superior do viaduto, o que não foi
autorizado pela empresa projetista. “No entanto, a Cowan fez 42 janelas no
viaduto.
O presidente da
Comissão, Deputado Deiró perguntou a Consol qual a solução apresentada por ele
ao barrarem a abertura das janelas. Maurício Lana informou que a empresa apenas
rejeitou a proposta e que depois o contrato com a Prefeitura de BH já tinha
terminado.
O Deputado Deiró
(PR) e também o Deputado Gustavo Valadares (PSDB) questionaram o representante
da Cowan se a construtora fazia uma revisão do projeto quando o recebia da
Consol. José Paulo Mota respondeu que, no caso da obra do Viaduto Batalha dos
Guararapes, a PBH fez o contrato de projeto básico e executivo com a Consol e
contratou somente a obra com a Cowan. “No contrato conosco não há nenhuma
obrigação de a Cowan realizar qualquer cálculo estrutural. A projetista da
Consol é quem envia os cálculos”, disse. Ele completou que a norma técnica diz
que a construtora deve fazer análise crítica dos projetos, mas que essa
avaliação se dá em relação aos desenhos do projeto.
ASSCOM - Natanael Diniz / Mauro Henrique (Com
informações do portal da ALMG)
Fotos: Raíla Melo